segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
Búzios: de volta ao paraíso
Já fazia praticamente um ano que eu não ia a Búzios, desde o carnaval passado. Com tantas viagens para Houston, não sobrou tempo. Mas é sempre muito bom voltar. Búzios continua lindo, com aquela brisa que lembra o Nordeste e afasta o calor absurdo do Rio. Os dias foram azuis, e a chuva passava longe. Numa noite apenas alguns respingos, só para refrescar. A lua, à Sherazade, fininha, iluminava o céu. Os transatlânticos compunham a paisagem, como se fossem parte dela, e enchiam as ruas do som do castelhano, do sotaque do Sul, da moda Daslu das paulistas.
Búzios continua sua tradição de lançadora de moda. Sempre que se vai lá tem novidade. Restaurante, loja nova, tendência de beach wear desfilada em Geribá, vendida na praia. Sempre com muita cor e muita bossa, que é uma característica buziano. Falem mal quanto quiserem, que Búzios não é mais o mesmo - e não é, realmente -, mas a verdade é que continua lindo.
A casa de Maria Silvia e Jean Paul, nossos amigos anfitriões, é aquela delícia (os dois conosco e a massa tricolor feita pela Tania). Olhem a beleza dos flamboyants! Um oásis de tranquilidade, muito à vontade, bem pertinho do burburinho da Rua das Pedras, para onde sempre vamos a pé. Percorremos as praias, reconferindo suas delícias e belezas. Cada dia uma ou duas. A água fria da Praia do Forno, com seus barcos de pesca - nunca vi tantos - seu barco transformado em bar, as pedras emoldurando o mar e o vento que não pára de soprar. A Praia dos Ossos com suas casas lindas, a sombra das amendoeiras, a água quente e sem ondas, e a batida de coco do Paulinho, imperdível, para tomar com pastel de camarão, hummm, da Carla, que manda levar na praia, para a gente, na maior mordomia.
Na praia do Canto fomos passear, ida por dentro, conferindo as casas muito bem cuidadas, os postes pintados com peixinhos, e volta pela beira do mar, com direito a um mergulho, à visão dos navios ancorados ao largo e a encontrar Milton Nascimento sentadinho numa cadeira de praia, ladeado por dois fiéis escudeiros, usufruindo desta beleza toda. No final da caminhada, uma parada para uma cervejinha gelada e para conferir a moda das lojinhas, que quase sempre é barata, diferenciada e cheia de graça. Na Praia da Tartaruga, a água estava especialmente deliciosa. Tomamos um sorvete para completar a alegria do verão.
Geribá é aquela coisa de linda, cheia de novidades que passam tentando a gente a todo minuto. Vejam que interessante esta roupa, com dois visuais! O Barão, uma figura, serve bebidinhas e que tais a nosso pedido. A água é mais fria, o mar é mais agitado, mas forma piscininhas que permitem um banho gostoso, longe das ondas dos surfistas.
Percorremos a Rua Turíbio, atrás da Rua das Pedras, por isso mais conhecida como a Rua de trás, a das Pedras, claro, a Orla Bardot, conferindo as novidades. Na Rua das Pedras, o Café del Mar, de Ibiza, com seu varandão debruçado sobre o mar, todo branco, restaurante embaixo, um charme. O Pachá, já tradicional, o Havana, com sua música ao vivo. Na Travessa Renata Deschamps, a mãe da Alexia, das moradoras mais antigas de Búzios, encontro com ela, sempre a mesma simpatia. A Travessa está cheia de lojinhas e tem um sorvete delicioso, o Finlândia, de Penedo. Vale experimentar. O meu, de menta com chocolate, estava uma coisa!
Na Orla Bardot, uma parada em meio à caminhada para uma gostosa água de coco. O preço é salgado - R$ 4 -, mas a água é doce. Numa lojinha em frente, compramos bustier e calcinhas de biquíni por R$15 cada, lindos.
À noite, fomos conhecer o Lapa 40o de Carlinhos de Jesus e o Espaço da Coca-Cola, todo decorado com garrafas pet e latinhas, onde a garotada se diverte com jogos eletrônicos e outros mais. Vai ficar aberto até o final de janeiro. Dá tempo de ir conhecer. Faz parte do projeto verão da Vejinha. O famoso Bar do Zé agora tem uma lojinha, que vende uns colares de murano, entre outras coisas, maravilhosos, a R$90. Quase em frente à lojinha, fica o novo restaurante do Maradona, aquele de Viver a Vida, embaixo da sua pousada e ao lado do seu cinema. O restaurante Sinatra, à luz de velas, na calçada, todo em preto e branco. Pena que Maradona não estava lá...
Dentro do projeto verão da Vejinha, também, aulas e shows de dança, quartas e sextas, na pracinha, até o final de janeiro. Nos divertimos tentando aprender salsa e depois nos deliciamos com Carlinhos de Jesus e sua companhia dançando e cantando. Jandira Feghali estava lá, com a filha. Depois, a turma toda seguiu atrás do trio elétrico, ou melhor, da companhia de Carlinhos, dançando e cantando pela Orla até a Lapa 40o, onde o show continuou para quem quis pagar para ver.
Compramos uns vestidos bem fresquinhos, reversíveis em saias longas, numa loja indiana, na Turíbio. E outros de malha Bali, mais cangas, numa lojinha da qual já somos freguesas, na rua do cinema.
Não deixamos de curtir as empanadas de carne e cebola, deliciosas, ali na Turíbio, uma invenção gostosa de nostros hermanos argentinos. Com uma cervejinha gelada cai muito bem...
Nossa noite de gala foi um jantar à luz de velas no Quadrucci, no Centro Gastronômico de Manguinhos. A novidade ali é o Anexo, com seu chuveiro enfeitado com sandálias havaianas coloridíssimas. Curtimos o finalzinho do pôr do sol no pier que avança pelo mar e assistimos encantados aos lampiões se iluminarem e as luzinhas do deck, como estrelas no chão, começarem a brilhar a nossos pés.
A volta foi no sábado, sem engarrafamentos, o que deixou ainda melhor os nossos feriados. Zulu, meu poodle, me aguardava em casa de Nina, que dá banho nele, onde ficou para eu poder viajar, e, como sempre, fez greve de fome, de saudades.
E domingo, para completar, fui com Tania e Jane, minhas companheiras de viagem, ver George Clooney em Amor sem escalas. Um filme leve, nada de especial, a não ser ele, claro. Que lindo! O trabalho das atrizes, Vera Farmiga e Melanie Lynskey, candidatas ao Oscar, é muito bom. Mas o filme poderia ser menor. Ou será que sou eu que ando ansiosas, achando tudo mais demorado e lento? Um sanduíche misto quente em pão árabe e um bom vinho encerraram nossa semana, antes da volta à realidade de todos os dias.
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