quinta-feira, 26 de maio de 2011

Salve a Amazônia!


A Amazônia sempre tema constante na minha casa por causa da paixão que me pai, militar, que serviu lá, tinha pela região, e sua preservação era motivo de sua constante preocupação. Com ele aprendi muito sobre a Amazônia e conheci suas belezas quando, criança, moramos em Belém do Pará. Por conhecê-la tão bem, sempre senti muito orgulho dela ser brasileira, E fico feliz quando vejo a região sendo valorizada. Nestas duas últimas semanas, duas manifestações de arte diferentes e igualmente lindas tiveram a Amazônia como tema e eu pude assistir e me emocionar com elas. Primeiro, a exposição Guardiões da floresta amazônica, no Espaço Cultural Eletrobras Furnas, de meu amigo fotógrafo J.L.Bulcão, dos tempos da Bloch Editores, que hoje mora e trabalha em Paris, e de Antoine Olivier. Uma mostra de onde e como vivem as pessoas que trabalham nas comunidades sustentáveis colhendo nossos nobres produtos naturais açaí, guaraná, coco-babaçu e látex. Fotos de uma sensibilidade e de uma beleza que me emocionaram mas não me surpreenderam, porque Bulcão eu sempre soube do que é capaz.
Depois, o desfile-show de Victor Dezenk, no Copacabana Palace. Quando recebi o convite de Aline Moniz já senti o que vinha por aí. A coleção Sopro da Amazônia nos levou para a selva e nos fez sentir parte desta tribo de mulheres guerreiras, com as estampas reproduzindo as cores de seus corpos tatuados e a geometria usada pelos índios Kayapós Tressê. O cenário de Bia Lessa, um clamor por proteção. Passarela toda feita com aproveitamento de latinhas, índias com suas lanças surgindo no meio das manequins, como se brotando da terra. Tudo realçado pela iluminação de Peter Gasper e pela trilha sonora, com músicas tribais, de Daniel Roland. No final, a apoteótica aparição de Fafá de Belém recitando e cantando a Amazônia. De arrepiar. Até o coquetel, depois, serviu produtos da região, como o molho de açaí para o queijo de coalho e palmito pupunha. Fotos de Eduardo Alonso.
Longos amplos com cavas pronunciadas em tons de terra. Nos tecidos, algodão, linho, new jersey, tule, malha, cetim, palha de seda e chiffon.
Um mosaico decores das penas dos pássaros da fauna amazônica nas saídas que lembram asas sobre os biquínis da Eloah Rio para Victor Dzenk
A roupa cai no corpo como tatuagem... E nos pés, sandálias rentes ou altas em tiras de couro de tilápia. Parte do material usado na confecção de roupas e acessórios tem origem natural, ecológica, sustentável e artesanal
As bijoux, de Paola Faria&Instituto Bantu. Em contas de açaí, este imenso colar confeccionado pelos índios Tapajós usado sobre a roupa de mangas morcego em estamparia de Vitória Régina multicolorida. Ricardo dos Anjos criou a maquilagem natural, e os cabelos semipresos, longos, lembrando nossas índias
A sensualidade do ombro só e da saia longa, aberta na frente. Nos braços, as pulseiras largas, de contas coloridas
A mistura de azuis e verdes, linda, no longo drapeado, bem cavado, com tira enrolada no corpo. Amei!

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