Minha amiga Iduína me telefonou perguntando se eu queria ir ao show de Paul McCartney, que ela tinha uns ingressos sobrando. Imediatamente voltei no tempo e me lembrei do show dele, 21 anos atrás, no Maracanã, em que eu fui com meus filhos. E lá fomos nós.
Contratamos o táxi de Carlos para nos levar e buscar. Começava a aventura de chegar ao Engenhão, que só tinha visto uma vez, de longe, e me parecia uma coisa quase impossível. Combinamos de sair às 19h. No caminho, ia perguntando aonde estávamos, por qual bairro passávamos. Chegamos depois de uma hora e pouco de viagem, sem maiores problemas. Muita gente chegando de todos os lados e por todos os meios, van, ônibus, trem, metrô. Muitos policiais e carros de polícia.
Entramos com facilidade, sem maiores filas. Quase não achamos mais lugar. O estádio já estava completamente lotado e começou um início de tumulto quando Idu reclamou porque os poucos lugares desocupados estavam guardados e nós em pé. Mas acabamos sentando, separadas. Eu, logo junto ao gradil, no gargarejo. Ela, duas fileiras atrás. Antes, conferimos os banheiros, bem arrumados. As lanchonetes. E tiramos foto ao lado do painel gigante do Paul. Estava quente e precisei tirar o casaco.
O show começou pontualmente e quando Paul entrou no palco foi um delírio. De todas as gerações. Orelhinhas de Minnie fluorescentes de várias cores coloriam o estádio. Balões vermelhos, declarações de amor em cartazes levados nas mãos dos fãs. Muitas pessoas vestiam camisetas estampadas com seu amor pelos Beatles.
Ele, uma simpatia. Achei bem mais solto, carismático do que o Paul de anos atrás. E com um fôlego e uma voz invejáveis, ele ia trocando de instrumentos e tocando e cantando aquelas músicas inesquecíveis, com um coro de mais de 50 mil vozes atrás. De vez em quando, falava em português, demais! Ele adorou esta palavra. Parecia um carioca, como ele mesmo disse. Engraçado, brincalhão, regendo o coro, fazendo caretas. Foram duas horas e meia sem parar e ninguém queria que acabasse. No final, ele recebeu no palco quatro fãs alucinadas de felicidade, que abraçou, a quem deu autógrafos para inveja de muita gente. E apareceu com a bandeira do Brasil, para delírio da galera, que gritava Paul, Paul, Paul. Ficou a promessa e a esperança, quando ele disse: até a próxima. Que não demore mais 21 anos...
Nenhum comentário:
Postar um comentário