Uma filosofia de vida...

Estou adorando filosofar. Aliás, eu sempre fui um pouco filósofa. Herdei este traço de meu pai que tinha uma filosofia toda própria de vida, que procurou nos passar, principalmente pelo seu exemplo. Na PUC, as aulas de filosofia eram as minhas favoritas. Mas a vida foi me levando e com tanta rapidez que acabou me faltando tempo para pensar. O agir era mais importante. E a filosofia perdeu seu espaço na minha vida, que agora tento recuperar. A la recherche du temps perdu, continuo ouvindo as palestras do ciclo Mutações, na Academia Brasileira de Letras. As duas últimas foram especialmente boas. A de Frédéric Gros, professor da Universidade de Paris-XII, com o tema Da morte do sujeito à invenção de si: rumo a uma nova experiência de pensamento, e a de Paul Clavier, doutor em filosofia e professor da Escola Normal Superior de Paris, sobre Ciência e Metafísica: cooperação impossível? Os temas difíceis foram compensados pela clareza das idéias. E eu fiquei especialmente feliz de ter conseguido acompanhar tudo em francês, sem precisar da tradução simultânea, que, eu acho, atrapalha muito a compreensão. Com o espírito renovado, comecei minha semana me sentindo outra ou será que voltando a ser eu mesma?


No intervalo das conferências, aproveitei para apreciar a exposição Euclides, um brasileiro, sobre Euclides da Cunha, no primeiro andar da ABL, que está muito bem montada.

Quinta, na minha agenda, conhecer a CasaCor 2009, no Jockey, com Beth, Luiziane, Sylce e Clarita, num reencontro de companheiras de viagem. Gostei, mas nem tanto quanto a de 2007, no mesmo Jockey, ou a de 2008, no antigo Sacre Coeur de Jesus,em Laranjeiras. Não sei se consequência da crise. Mas a vista do Jockey continua linda e o jardim em homenagem aos 100 anos de Burle Marx deixou tudo ainda mais bonito.


Vale a visita, claro. A grande homenagem é ao Ano da França no Brasil. Gostei da grande mesa da sala de jantar de Pedro Paranaguá, repetindo as ondas do calçadão de Copacabana. Das folhagens substituindo os arranjos florais, numa referência clara a Burle Marx. Do cinza, muito chique, que colore paredes e sofás. Da transparência do vidro, em divisórias, mesas, cadeiras. Dos espelhos, que continuam. Os abajures chamam a atenção pela beleza e originalidade. E o que dizer dos pontos de luz com ímã sobre um enorme mapa mundi na parede, que se deslocam para apontar os lugares de sua próxima viagem? Amei! Queria ter um assim...


As almofadas se multiplicam nos sofás (como neste em que estamos sentadas, em plena tribuna) e são os pontos de cor numa decoração em que impera o branco, o bege, o preto, o cinza, no máximo com toques de vermelho. Os animais estão em alta, de abelhas subindo pelas paredes a cachorros em tamanho natural, no chão, a esculturas de cavalos, claro, já que a exposição é no Jockey. Os quadros são substituídos por fotos e gravuras em preto e branco. Os cristais cintilam nos detalhes em contas transformadas em pontos de luz.


A madeira rústica volta em mesas, cadeiras, prateleiras, dando mais aconchego ao ambiente. As estantes de livros estão supercriativas. Os studios definitivamente entraram na moda. Pequenos, bem-bolados, funcionais. De acordo com o novo estilo de vida. O espaço festa, de Antonio Neves da Rocha, um luxo. O laranja solar e energético com móveis de madeira da Indonésia, China, Índia. Lanchamos no restaurante Cooking, da Adriana Mattar, um croque monsieur maravilhoso.

Sexta, foi dia de comemorar com quase um mês de atraso o aniversário de Helena Marinho. Mulheres ocupadas são assim mesmo. Eu, Tania, Iduína e Helena escolhemos o Alessandro&Frederico do Rio Design Leblon. Comi um nhoque com gorgonzola e nozes. Vi por lá a Rosane Messer, da Kamille Bernard, e Amelinha Falk. Depois, aproveitamos para dar uma olhada nas lojas, do Rio Design, do Shopping Leblon e até do shopping da Almirante Pereira Guimarães esquina de Ataulfo. Colocamos a moda em dia e voltamos felizes para casa.



Sábado, fazendo a minha feira com meu fiel escudeiro Zulu, meu poodle, enquanto tomava minha caipiríssima de limão com pastel de queijo, filosofava em como existem tantas formas de ser feliz. Em como é bom sentar num bar, beber cerveja, beliscar, jogar conversa fora. Da mesma maneira, como me sinto feliz sentada ali na praça, ouvindo chorinho, tomando caipirinha e comendo pastel. E como é igualmente maravilhoso uma festa regada a champagne e caviar. A vida também é assim, tem seus momentos cerveja, seus momentos caipirinha, seus momentos champagne. Tem até aqueles em que só temos um limão para fazer uma limonada. Ou em que é apenas água. Mas, quando a gente está com sede, tem coisa melhor? Ali no banquinho da praça agradeci para mim mesma esta capacidade de ser feliz de tantas maneiras, em tantos momentos diferentes. E até mesmo as tristezas que sempre me ofereceram a capacidade de superação e que me trouxeram muitas vezes, depois, as maiores alegrias.
Acho que o destino do homem é ser feliz. E a felicidade não é tão difícil assim. Ela está ali, ao nosso alcance, e a gente nem percebe, porque está pensando que ela não é bem aquilo, é uma coisa maior, inatingível. A gente fica querendo mais, querendo o que não está ao nosso alcance, quando ser feliz é aproveitar ao máximo e o melhor do que se apresenta para nós naquele momento.
Hoje, eu só fui à missa, dei um passeio com meu cachorro, estou sozinha em casa, no computador escrevendo, e me sentindo a pessoa mais feliz do mundo!

PETIT POIS


. A arquiteta curitibana Ester Kloss foi uma das convidadas para posar para o catálogo de jóias da Anglo Gold Ashanti. Vejam que linda a foto de Ester com a jóia Purity, de Paula Andrade!
. Recebi dois convites lindos de casamento. Aliás, os convites andam maravilhosos, vocês têm notado? O primeiro, de Vanessa Sá Peixoto, filha de Marise e José Antonio, neta de minha querida Lucy Sá Peixoto, e de Pascal Lerenzon, filho de Agnès e Alino, dia 10 de outubro, na Capela Santo Agostinho, com recepção na casa da noiva, na Barra. O segundo, de Laura Beatriz, filha de Cristina Aboim e Ricardo Machado Vieira, e Luiz Fernando, filho de Maria Célia e Fernando Almeida, dia 24 de outubro, na Nossa Senhora do Carmo com recepção no Jockey do Centro. Pena que vou estar viajando, em Houston, visitando meu genro, minha filha e meu neto...
. Inuit convida para a festa de lançamento de sua coleção primavera-verão, dia 15/9, no Fashion Mall.
. Ana Cristina Reis, editora do Caderno Ela, fala sobre Mil mulheres em uma só, dia 23 de setembro, no ciclo de palestras organizado por Ruth Niskier no auditório da H.Stern.
. O Atelier Real faz cinco anos e lança sua coleção de primavera-verão dia 16 na simpática casa da Real Grandeza.