terça-feira, 9 de junho de 2020

QUARENTENA COM ARTE

Fazendo arte por toda parte



A artista plástica Isabela Francisco desenvolveu um projeto, o Fazendo Arte, que nasceu ano passado, no Centro Cultural da Justica do Rio, direcionado para ensinar pintura aos serventuários. Mas foi abrindo para pessoas de fora interessadas em arte. Alunos foram chegando, as técnicas foram aumentando. "Já tinha, no final do ano passado, inclusive, pensado, com minha amiga juíza, dra. Juliane Beirute, da Vara da Infância e Juventude de São Gonçalo, em estender o Fazendo Arte para Fazendo arte por toda parte, para outras comunidades, outras varas, outros lugares que estivessem precisando deste lado mais lúdico, levando fantasia para vidas tão pesadas. E nada como a arte. A arte alimenta nossa alma, precisamos dela para viver." Estavam com tudo organizado quando veio a pandemia. E para dar continuidade ao projeto, pensaram em entrar para o mundo virtual, para continuar com as aulas e para atingir o maior número de pessoas possível que quisesse aprender, ensinando novas técnicas. "Foi um desafio para mim entrar nesse mundo virtual, mas deu tudo certo." As aulas são dadas pelo YouTube, pelo endereço artista isabela francisco, todas as terças e sextas. A cada aula, Isabela indica o material necessário, sempre fácil, coisas que as pessoas têm em casa, como caneta esferográfica e até álcool em gel, pela dificuldade de saírem para comprar.   
Confinados

João Luiz Bulcão é um fotógrafo brasileiro que mora em Paris há 22 anos. Acostumado a viajar para documentar diversos temas, em diferentes lugares, foi em Montmartre que ficou confinado neste período crítico que estamos vivendo. "Tinha vontade de documentar a cidade de Paris vazia, mas como sou asmático não tinha sentido me arriscar neste momento. Passei a rever um trabalho que comecei em fevereiro, num passeio à Versailles. Notei que as estátuas estavam cobertas. Das 221 estátuas que ornamentam seus jardins, muitas foram esculpidas no mármore. E são justamente estas que, por serem mais frágeis em suportar o mau tempo do inverno, são encobertas com uma lona grossa. Achei curioso aquelas estátuas, que representam deuses, deusas, heróis e heroínas ali presas e amarradas como se fossem condenadas. E esses espantalhos que encobrem a beleza exposta apenas nas outras estações se tornaram meus novos personagens. Desde então estive em Versailles por três vezes e quando quis dar continuidade ao trabalho o governo francês decretou o confinamento no país e o jardim fechou, interrompendo uma sequência que gostaria de ter prosseguido. Com esse trabalho, mesmo incompleto, comecei a notar que eu estava tratando no momento certo um tema que se tornou universal de uma hora para outra, que era o confinamento das pessoas. Imagino as estátuas originais prisioneiras do seu próprio tempo, de suas vidas, do que representaram um dia. Imagino que essa lona vem lhes dar uma nova vida, mesmo que por um curto espaço de tempo. Forma-se assim um outro personagem, entre mistério e fantasia. Mas, uma vez o mau tempo passando, ela volta a ser o que era, sem poder mudar o que sempre foi. No caso do nosso confinamento, a gente pelo menos pode acreditar que uma mudança é possível". A série de fotos de Bulcão se chama Confinados e ganhou publicação especial no site da Iandê, plataforma cultural internacional focada na França.
Pandemia de amor


A cantora e compositora baiana Giulia Levita, que participou do The Voice Kids e completou 14 anos esta semana com live de comemoração no seu YouTube, lançou a música Pandemia de Amor, com mensagem de amor, união e cuidado com o próximo, cantada com vários artistas brasileiros, como Margareth Menezes, Alexandre Peixe, Adelmo Casé,  Aroldo Macedo e Joatan Nascimento, direcionando as arrecadações de recursos para a Ong Obras Sociais Irmã Dulce.
Projeto Encontros


Pessoas de diferentes lugares estão participando do Projeto Encontros, para o L.U.A, uma parceria da artista visual e diretora de criação Ana Cecília Novis e do artista plástico Lair Uaracy. O projeto foi pensado pelo casal a partir do isolamento social e das novas formas de interação. Por meio de suas redes sociais, os artistas convidam voluntários para uma conversa individual, na qual, por vídeo, os participantes, falam como estão reagindo ao isolamento e expressam seus sentimentos através de movimentos corporais. Os artistas capturam esses movimentos e, com essas imagens, chegam a uma composição que cria a base para a pintura. Com a obra pronta, os participantes se conhecem entre si, também por vídeo, e a arte é revelada em primeira mão para eles.  O objetivo é continuar promovendo esses encontros durante o isolamento e criar novas possibilidades de interação e inspiração entre as pessoas e a arte.

As flores dos quadros não morrem (Titãs)

O pintor Jung Wladimyr está construindo um jardim para no futuro, para quem quiser lembrar dos momentos de quarentena. "Esse jardim não é meu. A minha participação é só fazê-lo florescer e ajudar a UFRJ, nesse momento, em que as pesquisas sobre Covid-19 necessitam de recursos. Parte dos valores arrecadados será depositado, todas as sextas, na conta destinada para esse fim. Eu agradeço a todos que participam adquirindo os trabalhos, e também, aos que só divulgam essa iniciativa de ajudar, formando essa corrente do bem." Você encontra os trabalhos ainda disponíveis clicando no link https://www.facebook.com/media/set/…

As cores da moda




A estilista Margaret Padilha nos conta qual a nova cartela da moda. O azul celestial, que transmite tranquilidade. O verde da esperança. Os terrosos, lembrando que temos que cuidar da Terra. O preto luto e o branco em homenagem ao pessoal da saúde. Margaret também criou uma máscara especial, que protege o rosto todo, e vai ser muito útil quando começarmos a sair.

Nenhum comentário:

Postar um comentário