sábado, 2 de maio de 2020

Me abana que eu gosto!

Os leques surgiram há mais de três mil anos, no Oriente, onde eram usados para aliviar o calor e também como forma de comunicação. No século XVI, conquistaram a Europa. Na Espanha da época, ganharam significados especias. Eu te amo, por exemplo, os olhos eram escondidos com o leque aberto. Não me esqueça, o leque era deixado aberto no colo. 
Flavia Curvello, arquiteta e artista plástica, desde pequena foi fascinada por leques. Ganhou quatro de sua bisavó materna, que sempre dizia: "uma mulher interessante e sensual tem que ter sempre um leque em suas mãos. Os pais dela eram da Galícia, de onde herdei meu lado bem espanhol."  E levou este pequeno acessório das mãos femininas para as paredes, transformando-o em obra de arte. Há cinco anos, durante ballet da Deborah Colker, vendo dançarinos com leques, amadureceu a ideia de fazer colagens com eles nas suas pinturas.Há dois anos, passou a colocar os leques em caixas de acrílico para dar mais leveza e a impressão de estarem flutuando na parede.
Mestra em combinação de cores, Flavia customiza leques chineses, de madeira, em seu atelier de São Conrado, pintando-os com tintas acrílicas de tons fortes. Em alguns, usa folhas de ouro com pedrarias - cristais, jades, sodalitas, olho de tigre, quartzos -, e se transformam em verdadeiras joias. Outros enfeita com paetês, lantejoulas, canutilhas, penas de pato, franjas de saia de índio de tribo da Bahia, posicionando-os como cocares. O resultado é de se abanar, de tão lindo!
Flavia em seu atelier, onde recebe por hora marcada 
A arte dos leques 
Um dos quadros de Flavia

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